Lançamentos corresponderam a 38 mil unidades residenciais, com crescimento maior em construções de um dormitório. Para 2012, oferta de imóveis de quatro dormitórios deve aumentar
Ana Paula Rocha
O volume de lançamentos de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo manteve-se nos patamares observados em 2010, com reposição de oferta, e o ritmo de vendas superou a média histórica. Para 2012, acredita-se em um crescimento do setor seguindo a economia brasileira e no maior lançamento de unidades de quatro dormitórios. Isso é o que indica o Balanço do Mercado Imobiliário em 2011 e as Perspectivas para 2012, divulgado nesta terça-feira (6) pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
Segundo a pesquisa, 2011 foi um ano de ajustes no mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo. O valor comercializado em 2011 foi de R$ 13,3 bilhões diante dos R$ 13,2 bilhões da média dos anos de 2004 a 2011, com variação de 0,7%. O Índice de Velocidade de Vendas Anual, por sua vez, representou 57,2%, próximo à média histórica de 60,2% calculada de 2004 a 2011. A oferta final alcançou 19,7 mil unidades em dezembro de 2011, diante das 16,5 mil do mesmo mês do ano anterior.
"A expectativa é de que o mercado continue crescendo em 2012, mas em uma velocidade compatível com a nossa economia, até porque a maior demanda já foi atendida", afirma Claudio Bernardes, presidente do sindicato.
Imóveis na capital
Em relação aos lançamentos no município de São Paulo, o mercado em 2011 lançou aproximadamente 38 mil unidades residenciais, com destaque para os imóveis de um dormitório cujo crescimento foi de 54% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o segmento de dois dormitórios continua liderando as vendas, com um total de 13.298 unidades (ou 47% do mercado), seguido do nicho de três dormitórios, com 8.483 unidades (30% do total).
As regiões que mais cresceram, em termo de lançamentos, foram o centro (32% de aumento) e zona Leste (12%), principalmente em relação aos imóveis de um dormitório, cuja oferta em 2011 foi 111% maior no centro e 400% na zona Leste. A entidade acredita na participação das unidades de um dormitório, caracterizadas por imóveis diferenciados (flats, lofts, estúdios, dentre outros) no centro da cidade, provavelmente como reflexo do processo de revitalização da região.
Ao longo do ano, imóveis de dois dormitórios marcaram presença constante e marcante em bairros periféricos, principalmente na zona Leste da Capital, como Guaianazes, São Miguel, Cangaíba e Vila Carrão.
Em dezembro do ano passado, o estoque de imóveis residenciais era de 19,7 mil unidades, sendo o menor índice na área de quatro dormitórios. Com isso, o sindicato acredita no maior volume de lançamentos de empreendimentos deste tipo em 2012. "O mercado imobiliário é bastante ágil e já começa a se ajustar em relação à demanda, então muito provavelmente voltemos a ter um maior número de lançamentos de quatro e mais dormitórios neste ano", aponta Celso Petrucci, diretor executivo do Secovi-SP.
Já o mercado de locação residencial sofreu forte influência da escassez de oferta e os valores de contratos novos realizados na cidade tiveram aumento médio de 18,48% no ano passado.
Crédito Imobiliário
O crédito imobiliário atingiu R$ 114,1 bilhões em recursos, com a soma das fontes SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), totalizando 1,04 milhão de moradias em um ano.
Os recursos do SBPE, com captação em cadernetas de poupança, proporcionaram crédito de R$ 79,9 bilhões, com crescimento de 42% sobre 2010 (R$ 56,2 bilhões). O montante equivale a 493 mil unidades financiadas em 2011, um aumento de 17% sobre o volume de 2010 (421 mil unidades). Já nos recursos do FGTS houve crédito de R$ 34,2 bilhões, com aumento superior a 22% sobre 2010 (R$ 27,9 bilhões), o que representa 550 mil contratos em 2011 diante dos 450 mil do ano anterior, um crescimento de 22%.
O financiamento habitacional em 2011 representou aproximadamente 63% do valor do imóvel, ou seja, o comprador investiu em recursos próprios 37% do total.
Previsões e desafios para 2012
Em 2012, no cenário econômico nacional, as perspectivas são de que o PIB gire em torno dos 3,5% e o momento é de pleno emprego e de crescimento da massa salarial. O governo aposta na aproximação do índice de inflação com as metas estabelecidas e com a redução da taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses.
Há a previsão de crescimento do crédito habitacional com recursos da poupança da ordem de 30% em 2012. Com isso, a entidade acredita que as vendas de imóveis também devam crescer de 3 a 5%.
Para Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação do Secovi-SP, no entanto, o custo de construção continuará aumentando, devido a problemas de mão de obra, aumento no preço dos terrenos e dificuldade na aprovação dos empreendimentos. "Tudo isso reflete no custo financeiro dos projetos, apesar da estabilidade em materiais e equipamentos", acredita.
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