sábado, 10 de março de 2012

Por que PDG se tornou a queridinha do setor, mesmo com seus tropeços


Para os analistas, há alguns motivos para que a empresa tenha uma imagem melhor que as demais

Eduardo Monteiro/EXAME.com
PDG: uma das poucas que divulgou guidance para 2012 e bateu as metas de 2011
São Paulo Icon_tatiana-vazTatiana Vaz, de 
– Atrasos de entrega, custos mais altos, desconfiança dos investidores... foram vários os motivos que fizeram com que a grande maioria das incorporadoras não atingisse as metas estabelecidas para 2011. Entre as poucas que cumpriram o prometido, a PDG se destacou como sendo a queridinha dos analistas do setor – mesmo tendo cometido os mesmos tropeços de gestão e atrasos de entrega que as demais.Para os analistas, há alguns motivos para que a empresa tenha uma imagem melhor que as demais. Veja, a seguir, alguns deles – e as advertências dos especialistas para que a PDG não repita os erros de suas rivais:
Metas atingidas e retraçadas
Com tantos imprevistos em 2011, bater o guidance (conjunto de metas elaborado pela empresa e divulgado ao mercado) ficou difícil para as incorporadoras. Muitas, como Gafisa, Cyrella e Trisul, tiveram de revisar seus números para baixo no meio do ano.
No caso da PDG, o guidande foi atingido - por pouco, mas foi. A construtora previa que os lançamentos ficassem entre 9 e 10 bilhões de reais no ano passado e, até dezembro de 2011, lançou 9,008 bilhões de reais em imóveis no ano passado – apenas 8 milhões acima do piso da estimativa. Ainda que tenha atingido a meta por um triz, o resultado é 28,6% maior que os 7,005 bilhões de reais lançados em 2010.

“Pode ter sido por um triz, mas a companhia foi uma das poucas a bater o prometido e com isso mostrar que estava preparada para assumir cenários pouco confortáveis”, diz a Planner Corretora.
Neste ano, PDG e Ezetec foram as duas únicas de capital aberto a divulgarem metas de vendas também para este ano. O receio das demais é de não poder cumprir o prometido ao longo do ano. “Divulgar guidance para 2012 mostra que a PDG está confiante em atingir os resultados estipulados, mesmo que as concorrentes não queiram assumir esse compromisso”, diz a corretora.
Banco de terrenos
Uma das vantagens da PDG em relação à concorrência, aponta a Planner, é a quantidade de terrenos disponíveis em seu estoque. “Hoje, vendidos a preços altos, os terrenos tem um peso mais significativo no custo do projeto”, diz o corretor. “Leva vantagem quem tem em seu estoque terrenos comprados a preços baixos no passado”.
A PDG seria um desses casos. A companhia teria uma política de manter um banco de terrenos equivalente aos projetos de três a quatro anos e, assim, não precisar negociar terrenos a preços altos para repor o estoque vendido.
“Ela absorveu um bom banco de terrenos das empresas que comprou, com a vantagem deles estarem espalhados pelo país e terem presença forte em São Paulo”, afirma a Planner.

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